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Médica Ginecologista e Obstetra com especialização em Endoscopia Ginecológica pelas Universidades de Padova e de Bari (Itália). adimenoli@hotmail.com/ Fone:(45)32242901 /Rua General Osório, 3161/ Cascavel/Pr. - Hospital Policlínica de Cascavel - Fone: (45)21011500

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A Gestação e a Pré-Eclâmpsia

Amigas leitoras, com um pouquinho de atraso estou publicando esta matéria de enorme importância para todas as gestantes e para as que ainda não tiveram a sua primeira gestação. Leia com bastante atenção, e informe o seu médico caso você já tenha enfrentado essa patologia em alguma gestação anterior. Isto é extremamente importante para o seu segmento de pré-natal.

Você sabe o que é a Pré-Eclâmpsia?
A Pré-Eclâmpsia é definida por um aumento da pressão arterial (hipertensão) da gestante, associada à perda de proteína na urina, após as 20 semanas de gestação (5° mês). Essa perda de proteína é o que diferencia a Pré-Eclâmpsia da Hipertensão Arterial Crônica. A Pré-Eclâmpsia pode ser leve ou grave, dependendo dos níveis pressóricos e dos achados dos exames de laboratório.
A gravidez por si só pode induzir hipertensão em mulheres com pressão normal ou agravar a pressão alta já existente. Se a pressão alta não for tratada, pode haver o desenvolvimento de convulsões ou coma, sendo este um quadro mais grave chamado de Eclâmpsia, que acomete 1% das gestantes com Pré-Eclâmpsia grave.

Os fatores de risco para e Pré-Eclâmpsia e para a Eclâmpsia incluem:
  • idade menor que 20 anos
  • idade maior que 40 anos
  • nuliparidade (nunca ter tido um parto)
  • hipertensão arterial pré-existente
  • lúpus (doença auto-imune do tecido conjuntivo que pode afetar qualquer parte do corpo, inclusive órgãos internos como os rins)
  • pré-eclâmpsia na gestação anterior
  • história de eclâmpsia
  • história familiar de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia (por exemplo, se sua mãe teve eclâmpsia ou pré-eclâmpsia, seu risco é maior)
  • gestação de gêmeos
  • gestação tipo molar (um tipo de gestação específica em que se formam "cachos de uva" dentro do útero, conhecidos como mola)

Causas da Pré-Eclâmpsia:

  • as causas da Pré-Eclâmpsia são desconhecidas, mas sabe-se que o vasoespasmo (contração dos vasos sanguíneos) e danos ao epitélio dos vasos (camada externa dos vasos sanguíneos) estão associados.

Sintomas da Pré-Eclâmpsia:

  • aumento da pressão arterial maior do que 140x90 mmHg
  • dor de cabeça
  • alterações visuais como: visão borrada, pontos brilhantes tipo "vagalumes", e até mesmo cegueira
  • dor em cima do estômago
  • náuseas e vômitos
  • falta de ar importante
  • ganho muito acentuado de peso ( maior que 2 kg em 1 semana)
  • diminuição da quantidade de urina
  • dor abdominal intensa constante
  • movimentos do bebê diminuídos ou ausentes
  • trabalho de parto prematuro
  • inchaço generalizado, principalmente do rosto e das mãos.

Diagnóstico:

O diagnóstico se baseia nas queixas da paciente, no exame físico e nos exames de laboratório, que incluem alterações como perda de proteínas na urina, associada à alteração das funções dos rins e fígado e das provas de coagulação do sangue.

Os Riscos da Doença:

A Pré-Eclâmpsia é uma patologia muito perigosa, tanto para a mãe, quanto para o bebê e deve ter seu diagnóstico o mais cedo possível na gestação; mas, muitas vezes isso não é possível, pois muitas mulheres têm um aumento súbito de pressão somente no final da gestação, ou até mesmo no parto. Os riscos da doença incluem convulsões e coma na gestante, descolamento prematuro da placenta, hemorragia, edema de pulmão, morte materna ou fetal, entre outros. Quando há alterações graves nos exames de laboratório, a mortalidade fetal pode chegar a até 60% e a materna a 24%.

Tratamento:

O tratamento vai depender da gravidade de cada caso, podendo variar de uma conduta mais conservadora, com controle da pressão associado ao uso de drogas para diminuir a pressão arterial, incluindo a redução de sal na dieta e repouso no leito; até uma conduta de emergência, incluindo drogas endovenosas e a realização do parto. Somente seu médico poderá diagnosticar e indicar o tratamento mais adequado pra você, por isso é tão importante estar orientada a respeito da sintomatologia e dos riscos da doença. A doença deve ser acompanhada mesmo após o parto, durante um período médio de 4 dias para a resolução dos sintomas.

Informe seu médico a respeito de todo o seu histórico e de tudo o que você está sentindo durante a gravidez. Isso é muito importante para diagnosticar as doenças relacionadas à gestação. Faça todas as consultas de pré-natal regularmente e fique atenta às alterações da pressão arterial, principalmente se você já é hipertensa prévia. Muitas vezes, e mesmo com todos os cuidados, a doença pode se manifestar de repente! E procure imediatamente um hospital no surgimento de qualquer sintomalogia suspeita da doença.

5 comentários:

  1. Adorei a matéria, muito obrigada!!! Mais uma vez parabéns pelo Blog, está super interessante e sempre com informações extras que a gente desconhece... beijos! Estela

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  2. Desses sintomas,só sinto 3. Esses pontinhos brilhantes, inchaço nas pernas e aumento de peso, Mas meus exames estao normais e minha pressão arterial está normal. Devo me preocupar?

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  3. Oi Camila Amarante, tudo bem?
    Eai me conta tudo foi normal na sua gestação?

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Oi estou de 37 semanas ontem me senti mal senti minha nuca formigando e depois disso minha vista escureceu e apareceu uns pontinhos brilhantes ficou mais ou menos meia hora assim depois passou o que pode ser ?

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